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NÃO SE FAZ CIÊNCIA SEM PESSOAS: O INPA COMO EXEMPLO DA POLÍTICA GOVERNISTA DE DESTRUIÇÃO DA CIÊNCIA



O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia/INPA, localizado na cidade de Manaus, é uma instituição estratégica na produção de saberes sobre a região amazônica, sua biodiversidade e sobre as culturas de suas gentes.

O Instituto cumpre, portanto, papel estratégico para o desenvolvimento sustentável da região e de sua população, com preservação de sua biosfera. Mas a preservação do meio-ambiente como o desenvolvimento sustentável que beneficia toda população não são do interesse do atual governo.

A comprovar essa afirmação está, dentre outras, a absurda atuação do governo em defesa do garimpo e demais exploração do subsolo em áreas indígenas, criminosa ação anti ambiental que ameaça a vida não só dos povos originários, mas o futuro de toda a região.

E para que? Para atender aos interesses imediatos dos verdadeiros senhores do governo: a elite empresarial financeira sem qualquer compromisso a não ser com a expansão da própria riqueza.

Para impor esse absurdo a toda a população é preciso produzir um discurso irracional, que legitime tal ação contrária ao que dita a ciência para preservação da vida na Terra. Se para o governo a ciência é um empecilho a imposição de seu projeto de morte, que se ataque a ciência! E esse ataque, na prática, pode tomar formas sutis, como o do abandono velado das instituições de pesquisa.

O INPA é um dos principais Institutos de Pesquisa a produzir ciência na Região Norte. Seu abandono por parte do governo é claro, quando se olha a situação de seus recursos humanos. Sem um grande concurso há muito tempo - inação justificada pelo falso discurso Guedista do "Estado inchado" - o INPA viu o número de servidores cair de 769 em 2008 para 473 atualmente. Uma queda de quase 40% da força de trabalho em 14 anos!

Pior: dos 473 ativos, 267 podem se aposentar imediatamente, o que significa a ameaça de redução imediata de mais de 56% da atual força de trabalho - tragédia que, caso ocorra, deixará o INPA com menos de 27% da mão-de-obra que tinha há 14 anos!

Isso significa a descontinuidade de pesquisas (o que em ciência tem um custo altíssimo), a perda da expertise acumulada, a dependência do Brasil da tecnologia estrangeira (o que significa perda de soberania). Pior, significa ainda a destruição do futuro, pela paralisação da formação de mão-de-obra altamente especializada.

Economia em um Estado inchado? NÃO! Esvaziamento da ciência, colocando o Brasil à mercê de slogans vazios, anticientíficos, que buscam angariar apoio da população para os interesses econômicos de poucos.

Destruir a ciência é essencial para quem quer implementar um governo barbaramente egoísta, voltado apenas pra satisfação de seus chefes.

E tragicamente esse quadro do INPA é reproduzido em TODOS OS INSTITUTOS PÚBLICOS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

LUTAR PELA C&T É LUTAR PELO FUTURO DE NOSSOS FILHOS!

CONCURSO PÚBLICO JÁ PARA AS INSTITUIÇÕES DE C&T BRASILEIRAS!

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