Se a Manaus em que vivem quase 2 milhões de pessoas fosse a que vemos, lemos e ouvimos nos media, estaríamos no paraíso. Passa-se o dia inteiro massacrado por mensagens que tentam mostrar uma realidade que, se existe, está escondida em algum lugar inacessível. Os veículos trafegariam por avenidas arborizadas, pavimento que faz tedioso qualquer trajeto, pelo que tem de liso, sem um buraquinho sequer para pôr em risco a segurança da viagem. Na periferia, a rede de esgotos daria conta dos despejos, reduzidos porque o nível de consumo das famílias só faz reduzir-se. As escolas, acolhedoras, desfrutando de boas instalações, as crianças felizes preparando-se para uma vida absolutamente saudável. Para isso as unidades de saúde municipais estariam prestando serviços de primeiro mundo. Como dizia a mensagem. Serviço tão bom quanto o dos transportes urbanos. De uma capital entrecortada por belíssimos igarapés. Às margens, onde se misturam àrvores frondosas e bem podadas, aqui e acolá são encontradas pequenas praças. Nelas, a garotada brinca em segurança, mesmo se algumas crianças levam os celulares que os entretêm. Se a realidade correspondesse à mensagem divulgada à custa dos recursos do contribuinte, essa circunstância não chegaria a incomodar. Não é o caso.
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Tem um pessoal que adora uma realidade ilusória