É quase inacreditável que Lula experimente sensível queda de popularidade, como o têm revelado as mais recentes pesquisas. Os resultados até agora alcançados no seu terceiro mandato presidencial, se não são espetaculares, dão sinais positivos. A imagem internacional do Brasil melhorou significativamente, feito relativamente fácil, depois do desprestígio experimentado nos quatro anos anteriores. O desemprego foi reduzido; a massa salarial aumentou; iniciou-se a recuperação de políticas sociais protetoras das minorias; os gargalos denunciados pelo sistema produtivo começaram a ser atacados. De concreto já se sabe ter o Brasil voltado ao círculo das dez nações mais ricas do Planeta. Nada disso, porém, neutralizou a produção e disseminação de fake-news nas redes (anti)sociais. É forçoso reconhecer a responsabilidade, ainda que parcial, do próprio triPresidente, na queda de sua popularidade. Depois de ter reposto o Brasil no rumo que o alçou em seus dois primeiros mandatos, Lula passou quase todo o primeiro ano de sua terceira gestão entregue à recuperação também de sua imagem, no cenário internacional. À pretensão de consolidar a imagem de estadista e conquistar alto posto em algum organismo internacional (hipótese com a qual jogo), o triPresidente sabe que não bastam a simpatia pessoal e a eventual adesão de líderes mundiais às suas teses. É preciso, sobretudo, que ele repita o êxito de seu primeiro governo, nem tanto o do segundo. Mesmo assim, a imagem que Lula logrou projetar nas outras nações gerou e justificou o apoio que lhe foi dado, inclusive e sobretudo depois de suas viagens internacionais de 2023. Quem acompanha a politica brasileira não ignora que, fosse adversa a opinião pública mundial, o golpe que a Polícia Federal investiga poderia ter tido êxito. A ausência de Lula na festa de aniversário do velho amigo, auxiliar e aliado José Dirceu há de ter servido para algo mais que beber uísque e fazer articulações para a eleição do Presidente da Câmara dos Deputados. Foi lá que Dirceu disse dos percalços que Lula ainda terá que enfrentar. Sem timidez, mas também sem ousadia impertinente, o ex-Chefe da Casa Civil deu recados que, se o triPresidente tem toda a habilidade que lhe costumamos creditar, podem constituir bases mais consistentes de políticas, decisões e ações dignas de quem se candidata a um posto com influência planetária. Melhor será - para Lula, para o Brasil e, acima de tudo, para o povo brasileiro.
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