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Mito e narrativa

Lendas e mitos são produzidos ao longo da convivência humana. Nem os avanços tecnológicos, nem o acùmulo de descobrrtas no campo das ciências do conhecimento humano conseguiram impedir narrativas, embora haja quem as queira invalidar. São elas, no entanto, não os fatos provados, que sustentam mitos e crendlces, hoje como na Grécia de Sócrates. Quantos ainda hoje, põem em dúvida a existência de Jesus? Poucos que o sejam, tenha o andarilho da Judeia existido como uma só pessoa ou muitas, o fato é que suas virtudes e pregações correm o Mundo. Delas se têm apropriado, como sabemos, crescentes multidões, para cumprir os preceitos e conceitos do pregador da Galiléia. Uns, mantendo fidelidade ao que dizem os evangelhos. Outros, desviando-se o máximo possível, porque do contrário não satisfariam seu voraz apetite, nem atenderiam suas maléficas ambições. Aos contemporâneos dos mitos e das lendas em construção, portanto, cabe grande responsabilidade. Queiramos ou não, estamos todos no mesmo barco. Se o presente de um não é o mesmo do outro, nosso destino será igual. Pelo menos para os que se finirão antes que cheguem os novos e apavorantes ciborgues. Serão eles, então, capazes de tecer suas próprias narrativas? Não sei - e duvido de que alguém o saiba. Sei, contudo, que a ninguém é vedado oferecer sua própria interpretação de qualquer fato ou fenômeno. Em especial, se vivemos numa democracia. A recusa em oferecer nossa impressão, opinião, convicção ou conclusão científica importa renunciar ao que o (assim chamado) ser humano tem de mais admirável: a ciência e a consciência. Resumindo: mitos e lendas são produtos sociais, de que o homem mantém o monopólio. Querer eliminá-los corresponde à negativa da liberdade de pensamento e narração. Narrativas, qualquer uma, certamente virão cheias de sentimentos, preconceitos, crenças, experiências e tudo quanto o ser humano encara, no tempo de vida que lhe é dado. Serão falsas ou verdadeiras. É sobre isso que deve recair a discussão.

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