Repito-me, sem nenhuma pretensão de seguir Goebells, para quem a mentira dita mil vezes ganha ares de veracidade. A insistência decorre, primeiro, do fato de que direi transparente e incontestável verdade. Depois, por ver na democracia o melhor espaço para marcar a mais profunda diferença ente o animal que se jacta de sua superioridade em relação aos demais – a vontade. Nada melhor do que as eleições, para o exercício dessa qualidade inerente ao ser humano. Como a mostrar na prática o que Aristóteles dizia a respeito do homem: um animal essencialmente político. Pois estamos às vésperas de mais um pleito, para os intolerantes e autoritários reduzido a contas e cálculos matemáticos. Não é a esses que me dirijo, mas aos que apreendem em toda sua grandeza e profundidade o conceito emitido pelo filósofo da Grécia Antiga. Muito já ouvi, como outros muitos terão ouvido e outros que ainda virão um dia também o saberão, ser o homem o único animal que sabe que sabe. Esse conhecimento decorre, não mais nem menos, do que chamamos consciência. Todos a temos, ainda que muitos disso não se apercebam. Ou para, oportunistas, aproveitarem-se do desdém pela Ciência; ou, premeditados, desfrutarem de riqueza material, em detrimento do enriquecimento moral e intelectual. Enfim, a vontade humana pode manifestar-se, como tudo o que humano é, no bom e no mau sentido. Volto aqui ao ponto inicial. Ponho meus olhos nos dias que se sucederão, até que os Municípios brasileiros tenham seus novos prefeitos e vereadores. Antes, a maratona dos candidatos em busca de votos, ensejando o uso das mais diferentes formas de persuasão dos eleitores. Haverá os que, mal-acostumados, reiterarão promessas que sabem impossíveis de realizar; como haverá os que, além de promessas e faltos de ideias e projetos, farão da mentira e da agressão aos cidadãos e à democracia, sua mensagem. Talvez em nenhum outro momento, achei tão fácil ceder meu voto para vereador. Alivia-me as apreensões e gratifica minha condição de cidadão ver dentre os postulantes ao mandato municipal o advogado e ex-Presidente da seccional da OAB no Amazonas, Félix Valois Coelho Júnior. Unem-nos, não apenas o diploma comum, que ele na altura de seus 81 anos ainda utiliza (e os conhecimentos seguros que tal documento lhe proporcionou acumular), nem apenas a amizade fraterna e solidária dele sempre recebida. Comungamos, igualmente, do amor a esta cidade que, berço dele e escolha minha, reclama por cuidados de que seus gestores, ontem e hoje, parecem não ter dado conta, ainda. Nem os que, instalados no assento da Prefeitura, não conseguem ler adequadamente os problemas por que passa a população mais pobre, como também os que, exercendo função fiscalizadora na Câmara Municipal, ficam à revelia do sofrimento da maioria da população. Capital de Estado detentora da 5ª posição, quanto ao PIB, Manaus está distante de oferecer à sua população as condições de vida correspondente à produção de riqueza material. Digam-no a realidade sanitária, a violência urbana, os serviços de habitação, saúde e educação, enquanto se celebram os bons resultados econômicos do PIM. Se pelo menos metade da Câmara for composta de cidadãos cientes e conscientes, como Félix Valois, terá valido a pena não usar do direito de não votar. Votarei e voltarei, sempre que candidatos de sua qualidade concorrerem. Sigam-me, os que desejam morar em uma cidade melhor!
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