Impossível reter as lágrimas ou conter as esperanças. A não ser que tenhamos aderido todos ao ódio corrente, inspirador de decisões e ações apaixonadas pela violência e a morte. Partida de futsal, no interior do Rio Grande do Sul, na região serrana, dá a lição e puxa a orelha dos que invocam Jesus e voluntariamente agridem toda a pregação que o levou à cruz. Chama-se Kauê Araújo o jovem atleta, pai de uma criança de poucos meses. Hospitalizada durante 20 dias, treze dos quais em unidade de terapia intensiva, à criança foi prometida pelo pai um gol, no jogo de ontem. Kauê tomou a bola próximo à meta do seu time, levando-a até o gol adversário. Quando percebeu o goleiro contorcendo-se de dor, caído debaixo do travessão, fez o contrário do que faria um dos desumanos que cultuam revólveres e oferecem suas prendas aos deuses do ódio. Kauê jogou a bola para fora. Depois, jornalistas organizaram um encontro, na mesma quadra, para Kauê cumprir a promessa. Foi emocionante vê-lo às lágrimas, quando a criança no colo da mãe fez a surpresa. Difícil maior conteúdo humano em tão simples gesto. Raro que o seja, mostra que nem tudo está perdido.
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