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Livro, a mais poderosa arma

Atualizado: 6 de nov. de 2023

Avesso, no limiar da hostilidade, a dias comemorativos de sentimentos ou relações que os envolvem, faço exceções. Uma delas, ao 29 de outubro e ao 23 de abril. Ambos festejam o livro; o primeiro, em âmbito nacional. O outro, escolhido pela UNESCO e com alcance mundial. Ensejou a escolha da primeira data, a inauguração da Biblioteca Nacional, dois anos após a chegada da corte portuguesa no Brasil. O 23 de abril refere-se à data da morte do genial autor de Dom Quixote de la Mancha, em 1616, a mesma em que nasceu e morreu outro dos maiores gênios da literatura universal. Miguel de Cervantes y Saavedra e William Shakespeare (1564-1616) tornados imortais pelo que escreveram, continuam atuais, como muito poucos dos literatos de todos os tempos. A razão é fácil de explicar. Revelando argúcia incomum na observação dos sentimentos humanos, ambos legaram aos pósteros obra que jamais será esquecida. A não ser que, momento de que os tempos atuais parecem prenúncio, outras armas postas a serviço da barbárie e avessas à humanidade e ao humanitarismo que a deveria cercar, triunfem. Enquanto houver um só resistente inspirado por Cervantes ou Shakespeare, mais livros não serão queimados. Sempre haverá quem resista. E menos armas circularão, como símbolos do culto à violência.

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