Antes, o mago de Maringá provou do veneno saído dos porões por ele frequentado. E dirigido. Depois, tentou ganhar posição que reduzisse a quase zero a probabilidade de fugir às suas responsabilidades. Penais, dentre outras. Deu-se mal. A Presidência da República era carga pesada para seu mesquinho caminhão. O jeito foi cortejar Álvaro Dias e concorrer ao Senado. Descartou-se do novo padrinho, não sem antes ter prestado serviços aos que desejam eliminar o Poder Judiciário. A primeira mordida na mão protetora ele já dera. Com o sangue que lhe escorria pelos dedos, tentou abiscoitar dinheirama resultante de sua ação ainda como juiz federal. Construiu, pouco a pouco e segundo o nível de sua precária e reduzida inteligência, um portfólio que só complica seu futuro. Reunindo vários "ex" em seu currículo (os policiais chamam folha corrida), tenta socorrer-se da desmemória de uns, da ingenuidade de alguns poucos e da voracidade malsã de outros, no esforço que ele mesmo pensa capaz de tornar letra morta o Código Penal e as leis correlatas. Pois agora o Conselho Nacional de Justiça chega a outra página da vida do quase ex-senador. Talvez inspirado em Teori Zavasky, o Ministro Luiz Felipe Salomão chama à ordem alguns dos cúmplices do ex-colega que o Supremo Tribunal Federal considera indigno para o exercício da magistratura. Ganhará um prêmio quem descobrir alguma função pública exigente de tão pobre grau de dignidade. É a justiça de Salomão posta em pratica.
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