Julgamento de Bolsonaro põe democracia brasileira sob os holofotes do mundo…
- Professor Seráfico
- 27 de mar.
- 2 min de leitura
Jamil Chade
O julgamento de Jair Bolsonaro no STF não é apenas o processo de um ex-presidente indiciado por tentativa de golpe de estado.
Acompanhado com atenção fora do Brasil, o julgamento que começou nesta terça-feira é considerado como um teste da capacidade das democracias de se defenderem contra rupturas, usando o estado de direito e suas instituições.
O processo ocorre num momento particular no mundo, com a extrema direita avançando no desmonte de valores democráticos e capitaneada por um movimento com fortes traços autoritários comandado a partir do Salão Oval.
E é neste momento crítico para a história política do mundo que o Brasil passa a ser um dos focos de atenção. Desta vez, porém, não mais como um elemento de instabilidade. Mas como um potencial exemplo sobre a maneira pela qual uma sociedade pode dar respostas ao autoritarismo e ao hackeamento da democracia. Uma resposta por meio de suas instituições, com os instrumentos do estado de direito.
Hoje, portanto, a atuação da Justiça para investigar uma tentativa de golpe de Estado e disseminação de desinformação amplia a construção da imagem externa do Brasil como um eventual exemplo a ser seguido no dilema sobre como enfrentar a extrema direita.
Se a resposta do país contra o golpismo não se limita à denúncia da Procuradoria Geral da República, ainda assim o julgamento é um ato fundamental de resistência
democrática. Uma resistência construída com investigação, apuração e a defesa dos acusados.
A democracia morre no escuro e em plena luz do dia. Ela morre e pode ser assassinada. Num beco de uma rua, na rachadura de uma barragem, num barulho de uma serra numa floresta, na falta de um leito, num envelope com dinheiro ou no medo de andar de mãos dadas com quem optarmos por amar. E também morre numa trama para derrubar um governo eleito democraticamente.
O Brasil, portanto, tem agora a chance e os instrumentos de entrar para a história das democracias como tendo resistido aos abalos sísmicos de movimentos autoritários, em seu novo modelo tecno digital do século 21.
E o mundo inteiro está de olho.
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