Ontem o INPA- Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia aniversariou. Um ano acrescentado à trajetória vitoriosa do maior e mais importante centro de pesquisa das regiões tropicais do Planeta. Dos gabinetes e laboratórios do INPA emanam informações relevantes e fundamentais para a compreensão da realidade física da Terra, em especial pela preocupação predominante do Instituto e pela só recentemente percebida influência da maior bacia hidrográfica sobre o clima da Terra. Não obstante, os negacionistas de toda espécie e os embrutecidos ostentam orgulhosa ignorância a respeito da contribuição dos quadros profissionais do INPA para o domínio das relações entre as diversas espécies registradas em todos os
microssistemas regionais. Nos últimos anos, fazendo crescer o esforço por incorporar a viés felizmente ultrapassado, o ambiente social construído pelos seres humanos que ocupam a região. O INPA chega aos 71 anos e, salvo as sequelas de períodos autoritários ou marcados pelo obscurantismo, credencia-se como um dos mais importantes centros de pesquisa do Mundo. Até aqui, muitos os estudiosos que sacrificaram a própria vida, em consequência de sua entrega ao honrado e extenuante trabalho nas condições mais hostis características da própria realidade natural da região. Isso não tem intimidado os sobreviventes, nem esmaecido o compromisso dos que os sucederam com o desvendamento das relações entre os ambientes físico e social da Amazônia. Cada dificuldade - e elas não têm sido poucas - não faz mais que desafiar os cientistas e estimula-los a aprofundar e fortalecer seu interesse pelo conhecimento da região. Por isso, todo amazônida consciente da importância do conhecimento e portador de sentimentos correspondentes ao que se chama humanidade, não faz nenhum favor se saúda o INPA e destaca o impacto de sua presença na Amazônia.
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