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Importa pouco o nome

Chame-se-o pacote, plano ou arcabouço, as medidas que o Executivo proporá ao Congresso devem ser analisadas segundo perspectivas raramente abordadas. Se é que alguma delas vem sendo considerada. A principal, num certo sentido inovadora, diz respeito à conduta do principal responsável pela execução, o Tripresidente Lula. Há adversários dele que mal escondem o desejo de que tudo dê errado. Não têm faltado a essa porção porta-vozes disfarçados, nos mais diversos órgãos de comunicação. Fenômeno compreensível, sobretudo porque não escapa a ninguém a sabedoria de que só uma decisão levará à redução da desigualdade: tirar de quem tem, para dar a quem não tem. Não que isso deva ser feito ao arrepio da Constituição e à margem da lei. Ao contrário, apenas fazendo cumprir o que há muito está abrigado em outro arcabouço, o jurídico. Rigor absoluto na repressão à sonegação fiscal, cujos números nos colocam na dianteira dos países que mais a praticam. Atenção crescente aos limites impostos pela Constituição, como em quase todos os países (capitalistas, mesmo assim) ao direito de propriedade. Esses são apenas exemplos do que poderia ser feito, sem alarde, estardalhaço ou ofensa ao Estado Democrático de Direito. Há, porém, um aspecto fundamental, nem sempre posto em relevo. Refiro-me às palavras e à conduta do Presidente da República. Embora os apostadores no fracasso o critiquem quando Lula aponta conquistas de seus governos anteriores, esse é fator que sempre haverá de ser levado em conta. Quer dizer que a ele não faltam determinação e compromisso com as camadas mais pobres da população. Os resultados alcançados antes podem se reproduzir, multiplicados. Desde que Lula se contenha em apontar caminhos e deixando bate-bocas para os menos graduados. Se houver o mínimo sentimento republicano e democrático da maioria qualificada do Poder Legislativo, quem ganhará não é Lula. Ganharão os brasileiros, especialmente os condenados desde o nascimento à submissão e à pobreza. Mesmo os outros, em geral exploradores desses, desfrutarão da paz que a satisfação das necessidades dos outros provocará. Tudo quanto Haddad vem defendendo é factível - se o topo da pirâmide social aprender algo sobre a sociedade humana e os que a constituem.


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