top of page

Ilustração oportuna

Quando a direita se esforça por dominar o mundo, o Presidente francês Emmanuel Macron contribui para desfazer equívoco muito em voga. Refiro-me à suposta existência do centro, no espectro politico. Negando-se a indicar Lucie Castets para o posto de Primeiro-Ministro, o Presidente francês afronta o resultado das urnas e incide no que ele mesmo aponta como risco inaceitável - o clima de insegurança e instabilidade do governo. Com a recusa em entregar o cargo à integrante da Nouveau Front Populaire- NFP, ele nada mais faz que presentear a direita francesa. Só isso autorizaria a suspeita de que Macron errou feio ao dissolver a Assemblée Nacionale, interessado em fortalecer sua própria base legislativa. Derrotado pela esquerda e pela direita, o Presidente se recusa a cumprir a tradição, o que dá a qualquer cidadão o direito de ver nele intenções golpistas. Aí é que entra a revelação: como Emmanuel Macron, todo aquele que se diz "de centro" na verdade tem vergonha de se classificar como direitista e recusa terminantemente a pecha de esquerdista. Em ambas as situações, a confissão e a auto-clasificação de centrista é a forma encontrada para esconder seu apego ao passado e sua fidelidade a princípios que os séculos deixaram para trás.

Posts recentes

Ver tudo
Pauta errada -ou apenas conveniente

Estranho a ocupação dos espaços nos jornais impressos, nos comentários de rádio e televisão e nas diversas redes que disseminam notícias (muitas vezes, falsas notícias), por análises no mínimo suspeit

 
 
 
Madeira e ouro

Está cada vez mais difícil ser oposição no Brasil. A razão não vem de qualquer violência ou pressão exercida pelo governo sobre os pretensos opositores. Na verdade, depois de um período em que tudo fo

 
 
 
Tragédia desejada

Dependências reservadas às negociações, na COP 30, foram invadidas. Essa tem sido razão suficiente para críticas de todo teor, sobretudo ao governo do Estado do Pará e ao governo federal. Uma espécie

 
 
 

Comentários


bottom of page