Quando a direita se esforça por dominar o mundo, o Presidente francês Emmanuel Macron contribui para desfazer equívoco muito em voga. Refiro-me à suposta existência do centro, no espectro politico. Negando-se a indicar Lucie Castets para o posto de Primeiro-Ministro, o Presidente francês afronta o resultado das urnas e incide no que ele mesmo aponta como risco inaceitável - o clima de insegurança e instabilidade do governo. Com a recusa em entregar o cargo à integrante da Nouveau Front Populaire- NFP, ele nada mais faz que presentear a direita francesa. Só isso autorizaria a suspeita de que Macron errou feio ao dissolver a Assemblée Nacionale, interessado em fortalecer sua própria base legislativa. Derrotado pela esquerda e pela direita, o Presidente se recusa a cumprir a tradição, o que dá a qualquer cidadão o direito de ver nele intenções golpistas. Aí é que entra a revelação: como Emmanuel Macron, todo aquele que se diz "de centro" na verdade tem vergonha de se classificar como direitista e recusa terminantemente a pecha de esquerdista. Em ambas as situações, a confissão e a auto-clasificação de centrista é a forma encontrada para esconder seu apego ao passado e sua fidelidade a princípios que os séculos deixaram para trás.
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