A reativação da refinaria Abreu de Lima tem dado muito o que falar. E, pelo que se observa, muito mais ainda dará. Interesses de toda espécie servem ao falatório, também de múltiplas motivações, em torno do assunto. Do desmantelamento da economia nacional provocado pela criminosa conduta da dupla Moro-Dalagnoll todos sabemos. Os brasileiros e estrangeiros de olhos postos na riqueza de que o Brasil é continente. O processo de desindustrialização ora experimentado tem na venalidade da dupla, seus apoiadores, financiadores e sequazes, pesada contribuição. Enquanto os setores internos denunciavam as desvantagens de exportarmos óleo cru e importarmos refinados, a boiada passava. Nesse contexto, tudo quanto concorresse para debilitar a Petrobrás e anular as conquistas tecnológicas de que se aproveitaria a estatal deveria ser feito. Desde que os interessados e envolvidos pudessem aparecer como salvadores da pátria. E, como quase sempre ocorre, suas contas bancárias e patrimônio experimentando crescimento exponencial. Tem muito a ver com isso a campanha já desencadeada para combater a tentativa de aumentar a capacidade de refino do óleo aqui mesmo extraído. Agatha Christie, romancista dedicada aos fatos policiais, colocava o problema da autoria do crime em termos tão simples, que até quem escreve conje seria capaz de entender. Vão-se buscar os prejudicados com o aumento da capacidade de refino da Petrobrás, e logo se saberá a quem interessou a sanha criminosa urdida na Lava Jato e a quem interessa impedir a revitalização da Refinaria Landulfo Alves. As intenções de nada valem, se os fatos por elas justificados as desmentem. Punir eventuais faltosos é necessário, onde quer que ocorra o delito. Aproveitar-se do delito para cometer outros ainda mais graves não merece outra providência, senão punir com maior rigor ainda os que os inspiram, coordenam e lideram. Nesse caso, há hediondez cujo tamanho é difícil até avaliar.
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