Gatos no escuro são pardos
- Professor Seráfico
- 22 de dez. de 2023
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Posso estar enganado, mas a pretensa candidatura de Tábata Amaral (PSB-SP) à Prefeitura da capital paulista tem um só objetivo: dificultar a chegada de Guilherme Boulos ao posto. Menos por ela propria, que por outras personalidades influentes, a despeito de aparente distância destas das atividades políticas. Como se fosse possível a algum cidadão fugir à própria essência humana. Disso sabia mais Aristóteles. Se o deputado paulista não é o bicho-papão que pintam as elites brasileiras, e se ele revela reais possibilidades de vencer a eleição, isso não basta para tranquilizar os que repelem sua visão social e os vínculos que vem tendo com as lutas populares. Esse é terreno que não se pode, honestamente, dizer pisado pela deputada Tábata. Até onde se sabe, sua proximidade com o socialismo se dá pelas relações afetivas com o prefeito de Recife, João Henrique Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos. A filiação partidária quer dizer muito pouco, se diz alguma coisa, a respeito das convicções políticas de quem quer que seja. Não seria diferente com a simpática, talentosa e estudiosa parlamentar paulista, ainda mais quando são antigos e gratificantes seus vínculos com uma das maiores fortunas do País. Pergunte-se a Paulo Lehman como ele veria a eleição de Guilherme Boulos. Dispensam-se maiores indagações. Nem é de todo ultrapassado o tempo em que as sombras produziam os chamados eminências pardas.
O mais recente censo do IBGE confirmou que a maioria da população brasileira se delara parda.