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Galeria infame

Hugo Motta, atual Presidente da Câmara dos Deputados, em nada é diferente de seu antecessor. Se sob a batuta e a mão de ferro de Arthur Lira aquela casa legislativa abocanhou volumoso naco do orçamento e criou as imorais emendas secretas, não são menos danosas as decisões lideradas pelo seu sucessor. Ambos seguem a mesma orientação ideológica, com tudo o que a tem caracterizado. Em primeiro lugar, a hipocrisia e a solércia que põem em contradição as palavras e os atos. O uso da rejeição do IOF proposto e decretado pelo Executivo esvazia qualquer argumento, confrontado com a aprovação do crescimento quantitativo de deputados. Mesmo se alegada - e ninguém o fez - a provisão constitucional de manter em vigor a proporcionalidade entre população e representantes, o mais adequado seria propor emenda constitucional capaz de ajustar a realidade às supostas dificuldades e desarranjos das despesas públicas. Não foi o que aconteceu, dada a preferência de Hugo Motta por atender os interesses, como sempre, dele mesmo e de seus iguais. Com isso, e na companhia de Arthur Lira, ele tem lugar assegurado na galeria (quase o teclado me trai e registra galera) de que fazem parte dentre outros, João Alves de Almeida (ARENA e PFL/BA) e Severino Cavalcanti (PP-PE). O primeiro

liderou o grupo chamado anões do orçamento, que o levou a renunciar à Presidência da Câmara dos Deputados, em 2005; o outro, envolvido no chamado mensalinho, teve destino tão pouco lisonjeiro quanto o de seu companheiro. Todos eles, obviamente, integrantes do baixo clero. Essa é a galera que deseja voltar ao poder. Cabe aos eleitores, em 2026, dar a resposta que só as democracias propiciam!

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