Quando digo sociedade, não distingo entre os vários grupos ou segmentos que a compõem. Se trato do partido A ou B, não é de alguma das alas nele existentes que estou tratando. Ouço e leio com frequência referências à sociedade como um todo ou a um partido como um todo. Em busca da razão desse fenômeno, tento elaborar hipóteses, nenhuma delas lisonjeira da inteligência humana. A primeira que me ocorre tem a ver com a pobreza de vocabulário característica de nossos dias. A tal ponto, que apresentadores consagrados pela televisão revelam nenhum domínio da língua em que pretendem expressar-se, integrada por não mais que uns 500 vocábulos. A outra hipótese mostra certa contradição com a tão decantada criatividade dos brasileiros. Afrontando esse (por que não) pré-conceito, adotam o clichê, a frase feita, infelizmente ditas e reditas por gente que se pensa ilustrada. Os mesmos que não veem nada de mal em dizer enfrentar de frente ou elo de ligação ou a unanimidade de todos ou...
Desse jeito, a última flor do Lácio ficará sem pétalas.
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