Os números relativos à participação financeira (quê outra poderia ser?)do setor privado nas eleições municipais de novembro são reveladores. Eles fornecem elementos indispensáveis à análise do acerto ou do equívoco em que se constitui a legislação permissiva. Segundo o Superior Tribunal Eleitoral, TSE, há 3.793 casos suspeitos de fraude ou abuso no aporte de recursos , às vezes representados por serviços, para campanhas eleitorais. O valor envolvido nas suspeitas do órgão chega a quase R$ 16 milhões. Parte dessa importância oriunda de apoiadores desempregados. Alcança mais de R$ 6 milhões o valor doado por 782 pessoas físicas cuja renda é incompatível com tamanha generosidade. São 775 as empresas em situação irregular, recebedoras do dinheiro de campanha, por alegados serviços prestados aos candidatos e partidos. É de 1,3 milhões de reais o montante suspeito. Outros beneficiários, aquinhoados com cerca de 500 mil reais, são parentes de candidatos ou vinculados a empresas apoiadoras. Essas cifras correspondem apenas à análise da primeira prestação de contas de candidatos e partidos, na fase inicial da campanha eleitoral. Imagine-se a quantidade de dinheiro e a variedade de expedientes utilizados, mais próximo fique o 15 de novembro! Aumenta em mim o sentimento de que, sem a arrogância do Prefeito Giuliani, de Nova Iorque em relação à criminalidade, o correto é Financiamento Privado Zero. Quem aposta na bolsa, que ponha o dinheiro acumulado em outro negócio. Ficaria com os políticos e os eleitores a decisão sobre quem representará a sociedade. É um investimento - sabemos todos, fora os que fingem bem calculada ignorância se de Economia tratamos. Uma indecência, se nos interessa a Política.
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