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Foto do escritorProfessor Seráfico

Fábrica de mentiras

A ameaça de perder a eleição e ser chamado à responsabilidade pelos crimes em série praticados inspirou o Presidente da República. Não há novidade quanto à qualidade da desinformação que os gabinetes oficiais promovem e patrocinam. Antes, as chamadas redes sociais, antissociais a maioria delas, dava conta do (mau) recado. Agora, além de terem que trabalhar em tempo integral, precisam da ajuda dos press-releases pagos com dinheiro público. E passam a divulgar meias verdades, ao fim e ao cabo, meias mentiras. Bom exemplo disso é a divulgação da falsa queda no número de desempregados. Estes já seriam 9% menos, saindo da vizinhança dos 12 milhões, para pouco mais de 10 milhões. Sendo que dos que têm "emprego" 40% não têm carteira assinada ou estão na informalidade. Para isso serviram as alterações nas leis que protegiam o trabalho e o trabalhador. Não se tratou de equívoco, "erro" que sempre acaba por mostrar-se parte de um elenco de objetivos cujos beneficiários raramente têm sido os que mais trabalham e ganham a vida com seus próprios suor, sangue e - em grande medida resultantes do mesmo projeto - lágrimas. Neste caso, quase 700.000 sepulturas se tornarão registro indelével. Assiste-se, portanto, à utilização da mentira como expediente do poder, havendo os que a geram, divulgam e aplaudem, em nome da única forma de liberdade escravizadora, a de morrer - ou deixar-se matar. Nada que destoe da consideração de que a liberdade sobrepõe-se ao direito de manter-se vivo. Por consequência, a liberdade atribuída aos que já se foram e jamais voltarão. Tudo de acordo com as convicções (quando elas de fato existem) cabíveis naqueles que só terão aprendido a matar. Como já cansamos todos de ter ouvido e lido, nos últimos anos.


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