Repercutiu e continua repercutindo a entrevista concedida pela socióloga Janja Silva, a partir de 01 de janeiro de 2023 a primeira-dama do País. As jornalistas da Globo, Maju Coutinho e Polliana Abrito não a pouparam de perguntas cuja resposta nem sempre é óbvia, como alguns de seus colegas preferem. Mais interessados em estar próximos de pessoas que reputam interessantes, do que bem informar os telespectadores, muitos profissionais da comunicação social acabam por desmerecer a importância que a sociedade dá ao seu trabalho. Tornam-se, então, aquilo que em gíria futebolística se chama garçom (dando assistência, como na mesma gíria se diz), e em outros ambientes escada - no primeiro caso, levantando a bola para que o outro faça o gol; no outro, ajudando o interlocutor a subir. No conceito dos espectadores ou da plateia; do eleitorado, frequentemente. Com as duas jornalistas foi diferente. Ao final, elas mesmas destacaram o papel desempenhado por Janja Silva no contato com Simone Tebet e Marina Silva, mas não só junto a elas, logo conhecido o resultado indiscutível das urnas. Pelo menos três pontos continuam a influenciar e informar o juízo dos brasileiros, a respeito da expectativa em relação à contribuição da nova primeira dama. A começar pelo que ela mesma disse sobre a própria denominação dada ao conjunto de ações que ela promoverá, desde o Dia da Confraternização Mundial, quando se iniciará o terceiro mandato de seu marido. O primeiro desses pontos diz respeito à postura feminista de Janja, de tal modo ela encara não o conceito, mas o conteúdo das tarefas que lhe estarão afeitas, como primeira-dama. Depois, tanto Maju quanto Polliana acentuam a sensibilidade revelada pela entrevistada, no que concerne ao tratamento que será dispensado à família. Neste caso, penso ser muito diferente o que ela pensa sobre esse grupo social primário, nem sempre destacado pelas possibilidades que abre à formação de seres humanos justos e bons cidadãos, se comparado a frequentes declarações de falsos defensores da família. Por último, a mensagem que Janja passa aos brasileiros, com relação à vida própria, baseada em ideais e valores humanísticos, de que o País tanto precisa. Não se pode esperar que a socióloga paranaense promova sessões de exorcismo no Planalto ou no Alvorada, tanto ela sabe situar-se no universo político e social e como manter-se, no exercício da posição que a Constituição lhe faculta. Se é que não o exige.
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