Tomo emprestada de um político paraense, nascido no Maranhão (Clóvis Ferro e Costa, da UDN), a expressão com a qual ele respondeu a um ataque de seu desafeto. O outro, Reis Ferreira (PTB-PA), também por publicação em jornal diário, o havia agredido, troca de insultos muito frequentes naqueles tempos em que nem sempre revólveres eram sacados em plenário. Mais tarde, esse mesmo Reis Ferreira escapou de morrer, porque Armando Carneiro (de família proprietária de terras em Marabá) e seu correligionário, desistiu de apertar o gatilho. Ato condenável, segundo seu pai, o também deputado estadual paraense, Pedro Carneiro. Depois de sacar a arma, era covardia não disparar - dizia o velho seringalista. Essa história apenas ilustra o que a seguir será comentado. Mas não deixa afastados um fato do outro, não seja apenas pelo adjetivo que o competente advogado udenista pespegou na lapela do opositor. Tempos em que até a ofensa tinha mais sutilezas. Hoje, nem os biltres têm qualquer sutileza, como são mais descuidados. Por isso, desmoralizam-se com mais facilidade. É bem o caso do ex-justiceiro, ex-juiz parcial (disse-o o Supremo Tribunal Federal), ex-Ministro da Justiça, ex-seguidor do ex-Presidente frustrado em reter joias valiosas, ex-adversário de seu cúmplice, ex-empregado de empresa norte-americana mencionada em processo por ele conduzido e enlameado. A condição de senador, a que foi alçado à força das indignidades praticadas e à cumplicidade de parte de brasileiros a ele assemelhados, não tem impedido o avanço das investigações que o esfolam. Ainda agora, a RED - Rede Estação Democracia traz matéria intitulada Lava-Jato, essa desconhecida. Nela, a jornalista Leneide Duarte Pilon comenta a reportagem que Gaspard Estrada e Nicolas Bourcier publicaram no Le Monde, em 2 de abril passado. O título do texto é sugestivo: Le naufrage d'opération anti-corruption "Lava Jato" au Brésil. Mais que o título, sugestivo e contundente é também todo o texto, onde são encontrados indícios do tamanho do crime praticado pelo justiceiro e sua grei contra o Brasil e os brasileiros. As tramoias do protagonista principal envolvem o FBI, a Embaixada norte-americana no Brasil, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América do Norte, além da empresa que o contratou, após sua saída do Ministério da Justiça. Setor que ele não deslustrou, apenas porque de seu quilate a maioria dos que ocupavam gabinetes de igual posição, nos tempos a que a eleição do Tripresidente pôs fim. Flávio Dino tem-se mostrado à altura do cargo que ocupa, como se tem acompanhado. Maior respeito ainda granjeará se, pautado por costume rejeitado por seu antecessor, levar às últimas consequências e segundo o devido processo legal, a apuração e julgamento do extenso elenco de crimes praticados sob o comando do biltre.
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