Enfraquecimento do Amazonas

Há pessoas que, tenham a orientação ideológica que tiverem, sempre tornarão mais rica a convivência democrática. Essas pessoas, como todo ser humano, têm virtudes e vícios, cabendo-lhes ao longo da vida esforçar-se por multiplicar as primeiras e corrigir os outros. O conjunto da obra, portanto, os encaminhará à História, onde cabe a cada um escolher a porta de acesso. Há, nesse particular, os que podem caminhar sempre de cabeça erguida e reconhecidos pelos contemporâneos como dignos de seu respeito e de sua reverência. A outros não resta senão a porta dos fundos, não sendo raro deixarem-se ficar retidos nas latrinas do caminho. No que concerne à representação popular, parece mais transparente a diferença entre uns e outros, mesmo quando em relação a qualquer deles haja distância entre o que pensam e defendem, se comparados aos que os respeitam e reverenciam. A capacidade de pôr-se à margem dos maus costumes e das práticas antidemocráticas e antirrepublicanas e terem percepção das responsabilidade de todo homem público leva-os a granjear o respeito e conquistar o voto dos eleitores. Não basta a quantidade de votos para atestar sua atuação positiva. É preciso, sobretudo, que, não importa os pequenos equívocos acaso cometidos, sua presença no cenário político leve em conta os interesses dos que lhes outorgaram o sagrado mandato popular. Por isso, a ausência de Serafim Corrêa na Câmara Municipal de Manaus, e de José Ricardo e Vanessa Grazziotin na Câmara dos Deputados apequena o Estado do Amazonas, desde Manaus. Se a capital amazonense vê o órgão legislativo privado do vereador do PSB, a Câmara dos Deputados, sem os dois representantes amazonenses ameaça ver reduzido o vigor e a vibrante defesa dos interesses regionais. Isso tudo coincidindo com as crescentes ameaças que afrontam nossa economia e pretendem eliminar-nos do mapa econômico do Brasil.