Fez bem o TSE, pela unanimidade de seus membros, em cercear a ostentação e exposição de armas, na distância de 100 metros das seções eleitorais. Os cidadãos se dirigirão às urnas, não para praticar o exercício preferido pelos cultores das armas, mas para manifestar sua vontade e expressar suas esperanças. Se ainda não se tornou aparente, ninguém duvida que existirá resistência ao cumprimento da ordem judicial. Várias declarações, antigas e recentes, sabem do culto que o Presidente da República confere às armas e ao armamento de todas as pessoas. Nada surpreendente, partindo de quem parte. O mesmo que lamenta a ditadura militar não ter matado 30.000 pessoas, nem ter sido ainda possível fuzilar a petralhada, como dito com todas as letras no Estado do Acre. É certo que da ação ou da omissão registradas durante a fase mais aguda da covid-19, o (des)governo logrou mandar à sepultura dezenas de milhares de brasileiros. Não sejam os quase 700.000 cadáveres, no mínimo 30% deles teriam sido salvos, fosse outra a vontade oficial. O desbaratamento de organização disposta a melar as eleições e concretizar o que o 7 de setembro do ano passado viu frustrado, desencadeou intensa resistência dos envolvidos, de uma forma ou de outra, no projeto de repetir os vergonhosos acontecimentos daquele dia. Tudo, até agora, em vão. Nem se tenha como certa a inexistência de algum plano que possa compensar os prejuízos determinados pelas duas decisões: a distância das armas e o controle das fake-news tão ao gosto e ao caráter dos golpistas. Se considerarmos o pânico que tomou conta da campanha do ex-capitão excluído das forças e pretensamente interessado em impedir a reeleição, agora empenhado em dela beneficiar-se, somos forçados a ser prudentes. Ou seja, alimentar expectativas só depois de avaliar do que são capazes as pessoas (?) movidas pelo ódio e reféns de frustrações inapagáveis. Mesmo Freud teria dificuldade em tipificar indivíduos assim motivados. O máximo a que chegaria o criador d Psicanálise não chegaria tão perto da realidade. Talvez ele encontrasse razões para considerar complexo de inferioridade como fundamento da conduta deletéria. Talvez, atento à trajetória do portador dessas frustrações e ódio, o Mestre de Viena se convencesse de que não se trata de complexo, mas da mais pura realidade. Uma doença que muitos observadores modernos têm dúvida sobre ser uma sociopatia ou psicopatia. Afirmam eles, com a certeza de quem sabe observar a conduta humana, que se trata de uma patia qualquer. Em todo caso, não se trata de complexo algum. E agora, que as fake-news tornaram-se vulneráveis e as armas não produzirão sua trágica safra?
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