
Duplicidade
As frases, desta vez, chegam ao Camarote. Obtidas pelo arpão do nauta e são devolvidas com tratamento menos ligeiro. Refiro-me ao que foi dito pelo Prêmio Nobel de Economia, o norte-americano Paul Krugman, também colunista do New York Times. Comentando a desesperada tentativa de Donald Trump de reduzir o risco de não ser reeleito, o economista analisa medidas econômicas e tributárias que têm muito a ver com as práticas populistas aqui muito conhecidas. Ora são decisões fundadas em flagrante desrespeito à Constituição, ora são decisões cujos beneficiários vão muito bem, obrigado. Quem ler o texto que a Folha de São Paulo traduziu e publicou hoje, pensará que Krugman andou por aqui, nos últimos dias. "Basicamente, a proposta é só mais um chilique de um presidente cujo temperamento o torna incapaz de corrigir seus erros". O visitante e leitor certamente conhece atos e decisões de igual teor, sem ter precisado sair do País. A outra frase guarda a mesma semelhança com nosso cotidiano, com uma só diferença - ainda não temos a bomba atômica que a metrópole ostenta, dá polimento e põe à nossa vista, sempre que acha necessário. Eis a frase" Em momento de crise, os Estados Unidos foram amaldiçoados com um presidente profundamente ignorante, ao mesmo tempo tão inseguro em termos pessoais,que se sente compelido a ter em seu redor pessoas que lhe digam que ele é um gênio universal".