A repercussão do transplante cardíaco a que o apresentador de televisão Fausto Silva se submeteu jogou para segundo plano a oitiva de suspeitos e testemunhas das comissões parlamentares do Congresso e do Distrito Federal. No entanto, ela prossegue, e sempre se há de esperar alguma novidade, se não muitas. Nenhuma delas destituída do caráter delinquente que regeu o período 2019-2022, dos mais obscuros de nossa História. A diferença entre as personagens envolvidas num e noutro caso - o transplante e o desgoverno - vai muito além do caráter privado, mas nem tanto, de um caso em relação aos deveres absolutamente públicos do outro. Fausto Silva se tornou notável como animador de televisão, enquanto os protagonistas do outro se tornaram notórios, porque essa a qualificação que se tem dado aos que praticam os atos de que eles são suspeitos. Essa inversão da pauta implicou a distração dos observadores. As atenções passaram das comissões de investigação para autoridades da saúde. Esse desvio das atenções, se não contribui para resolver qualquer problema, se presta a relaxar a cobrança das providências e informações exigíveis em ambos os casos.
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