Dizem Lulu Santos e Nélson Motta que nada do que foi será/ de novo do jeito que já foi um dia/tudo passa, tudo sempre passará/a vida vem em ondas como o mar/em um ir-e-vir infinito... Das mais belas canções que o talento brasileiro terá produzido, a melodia agradável aos ouvidos e propícia à mais fértil reflexão sobre o tema enfim, a Vida -, nem sempre deixa perceber a profundidade do conteúdo que a letra encerra. Por isso, se ao amante da música os acordes são gratificantes, aos poetas e aprendizes-de cabe descobrir nas linhas e entrelinhas da pauta o profundo sentido ético e existencial ali inscritos. Incluo-me dentre os segundos e arrisco homenagear o Dia Mundial das Águas, habitante que sou de sua pátria, como o disse Thiago de Mello, como o diz Élson Farias. Sem pretender alçar-me à posição que ambos os poetas alcançaram, um já desfrutando de seu gozo em plano desconhecido, o outro feliz e galhardamente fazendo-nos companhia que desejamos muito mais duradoura, ouso oferecer-lhes esse arremedo de Poesia:
A água que nos hidrata
é a mesma que oxida
se nos afoga, nos mata
também nos dá toda Vida.
Também sirva este pequeno e despretensioso texto para homenagear as profundezas onde se escondem as encantarias com que nos tem encantado Paes Loureiro, e as águas do Gurupi transpostas pelos Galvões maranhenses, de que Pedro se fez poeta e cresce em onda permanente.
Toquem-se nossos copos, de água só, porque de puro sentimento! Tim-tim!
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