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Destruição

Entrevista concedida pelo embaixador Celso Amorim ao jornalista Roberto d'Ávila, na noite da quinta-feira, deu a medida da destruição imposta ao País. Um dos mais qualificados diplomatas brasileiros, o entrevistado acumula passagem por importantes embaixadas no exterior, o exercício por dois períodos (governos Itamar Franco e Lula) como titular do Ministério das Relações Exteriores e dirigindo o Ministério da Defesa. Sob a direção de Amorim, o Brasil pavimentou os caminhos que levaram à constituição do MercoSul e à criação do BRICS. A isso deve ser juntado o prestígio alcançado pelo País, na comunidade internacional. Os brasileiros que visitaram países europeus e latino-americanos nas duas décadas anteriores a 2019 testemunharam o interesse dos estrangeiros por conhecer-nos e conhecer o Brasil, tanto quanto tratavam com admiração e respeito a antiga Terra da Santa Cruz. Deixamos de ser a república bananeira para acender na comunidade internacional a expectativa de o Brasil desempenhar posição cada dia mais respeitável no cenário mundial. Era quase certo o influente papel reservado a nós no BRICS (grupo integrado pelo Brasil, Rússia, Irã, China e África do Sul). O mercado onde as nações sul-americanas operariam em reciprocidade, o MercoSul, era outro espaço em que a participação brasileira anunciava-se promissora. Não apenas para os negócios, mas para a construção da paz, no continente e no Planeta em franco, amplo e acelerado processo de aproximação. A chamada globalização, denominada mundialização pelos franceses. Não poderia ser diferente o juízo de Celso Amorim, a respeito da situação atual. O primeiro ponto a destacar é a perda de prestígio e respeito da comunidade internacional, como se esse péssimo resultado representasse um desejo, sonho e decisão da maioria dos brasileiros. Não o é, antes - e exclusivamente - sendo a revelação da ignorância e da incompetência do Presidente da República e dos prepostos a quem entregou o Ministério das Relações Exteriores. Para não dizer da total concordância ao que disse Amorim, ouso fazer um reparo. A experiência na correção de redações nos vestibulares da UFAM, durante alguns anos, autoriza afirmar que a escrita em Português permite, sim, avaliar como funciona a cabeça dos que redigem aquela peça eliminatória nos exames. Amorim diz o contrário.

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