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Desigualdade, o resto é resto

Leio nos jornais impressos algo que desejo continue, enquanto os problemas a que se relaciona o tema não sejam pelo menos equacionados. Refiro-me à desigualdade, que considero, e não é de hoje, o maior problema e o prioritário dentre os que mais o sejam. Escandalosa, desumana, planejada, a desigualdade com a qual convivemos assume caráter determinante das relações sociais no Brasil. Não sou eu quem o diz, nem o que digo ou disser negará os números registrados por instituições e organismos, nacionais e internacionais, públicos e privados. Toda classificação das nações, nesse índice - quem sabe o grau de desumanidade - coloca-nos dentre os líderes mundiais. Posição que não incomoda nem um pouco os pouquíssimos que constituem nossa elite. Recentemente, a deputada Tábata Amaral publicou artigo sobre o assunto. A parlamentar, longe de ser considerada uma pessoa de esquerda, afirmou insuficiente o combate à pobreza, como fim em si mesmo. É necessário combater a desigualdade, remata a deputada. Obviamente, seus motivos estão longe dos meus. Ela não menciona, por exemplo, como a pobreza é pasto propício à demonstração pública de falsa generosidade. E à colheita que beneficia os doadores. Reduzíssemos a desigualdade, e abríssemos oportunidades aos pobres, a realidade brasileira seria outra. Como fazê-lo, porém, se é da desigualdade que provêm a riqueza de uns e a miséria da maioria?
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