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De novo?

Onde há fumaça, mandam a sabedoria e a prudência buscar onde o fogo se instalou. Desta vez, vocalizada pelo principal protagonista da derrubada de Dilma Rousseff, a sugestão (se não uma verdadeira ameaça)aponta em indigna direção. Michel Temer, o ex-vice-Presidente da República já deu a pista. Não claramente como se portam os democratas e republicanos. Esperar isso dele seria o mais absurdo a cometer. O subterfúgio que seus ademanes escondiam jamais combinaria com tanta clareza. A ideia de anistiar o atual Presidente da República, proposta por Temer, seria repetição não apenas da fórmula que premiou assassinos e torturadores, mas a legitimação do abuso de poder de que se beneficiou um militante das causas antidemocráticas. Não foi outra coisa o perdão concedido ao deputado Daniel Silveira, cujo débito com as autoridades policiais e judiciárias ainda há de ser resgatado. Há, porém, um aspecto positivo na proposta de anistia: o reconhecimento de que a Constituição em vigor e a legislação infraconstitucional não têm como evitar a apuração e o julgamento do Presidente da República e seus mais próximos acólitos. Impossível negar a extensa lista de delitos praticados, iminente a cobrança da sociedade a respeito da punição dos crimes praticados, Michel Temer corre em socorro do aliado. Estejamos todos atentos, para que desta vez o crime não compense.

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1 commentaire


swolffgeo
25 sept. 2022

Neste país, os crimes das elites e seus representantes dificilmente são punidos.

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