Passa das 18:00 da sexta-feira, 26 de agosto, não se sabe ao certo se o candidato à reeleição que ele prometeu acabar irá ou não ao debate. As notícias são desencontradas. É possível, até, que algumas delas não expressam mais que o desejo de quem as inventou ou divulga. Afinal, vivemos a plena vigência das fake-news, crime cujo charme vem da língua em que é escrito e cuja origem está no país cultuado, venerado e obedecido pelos nossos patéticos "patriotas". O desempenho de Lula na entrevista do Jornal Nacional e a repercusssão nacional e internacional que a seguiu parecem ter aumentado o pavor do adversário principal do Presidente. Quer dizer, seus filhos zero à esquerda, empresários pouco afeitos ao jogo democrático, adoradores das armas de fogo, milícias urbanas, jagunços modernos, ignorantes por opção, lideranças religiosas beneficiárias do estelionato religioso etc. Com ele ou sem ele, Lula deve ir ao debate. Primeiro, porque tem o que dizer, ao contrário do outro. Depois, porque sabe como dizê-lo, e o outro, se o tivesse, não saberia. Por último, porque a forma respeitosa e esclarecedora como Lula tem se conduzido deixa a marca de suas diferenças em relação ao opositor. Nem se leve em conta a prolongada permanência do ex-Presidente em prisão para onde o mandou, criminosamente como o atestou o STF, um parça arrependido (não se sabe até que ponto) do outro. A Terra dá muitas voltas, em que pese o que a ignorância por opção nega. O ex está em liberdade. O futuro do próximo ex tem por ele mesmo sido propalado. Ele melhor que ninguém sabe de seus próprios merecimentos.
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