O currículo das escolas há de um dia permitir a apreensão da realidade histórica que se vive. É na educação recheada de cultura que se deve buscar informação útil sob todos os aspectos. Não é à toa que se indicam várias formas de conhecimento, desde as manifestações dos antigos (a Grécia não nos deixa mentir), até as que pouco a pouco o interesse e a tarefa dos arqueólogos e antropólogos e outros estudiosos desvendam. Sobretudo os mais preocupados com o significado dos fatos, para muito além dos fenômenos observados. Cada uma das formas desse conhecimento - filosófico, religioso, tradicional e científico - contribui para a inserção dos indivíduos na sociedade. Por isso, nenhuma delas é desprezível. A visão de Mundo/mundo, portanto, tem sua qualidade atada ao conhecimento, ao mesmo tempo em que a vida humana amplia as perspectivas individuais e sociais. O descolamento da realidade frequentemente responde por preconceitos, conduzindo o individuo em direção que só tem prejudicado a sociedade. No Brasil deste terceiro milênio, o anacronismo e a desigualdade desenham panorama que, além de trágico, nos tem empurrado para trás. Longe de imaginar um dia em que saberemos tudo sobre tudo e todos. Quando isso for possível (ainda bem que não o é), aí, sim, a História terá chegado ao fim! Disso decorre a necessidade de ter todo currículo, seja a escola que for, seja o grau de educação considerado, permanentemente aberto. Não que se pretenda revogar, levianamente, aspectos particulares (se os há) de cada conteúdo dos programas ensinados nas escolas. Em todas as escolas. Avulta estacar o espetáculo carnavalesco levado à cena pelas escolas de samba do carnaval deste 2024. José Ribamar Bessa Freire, o querido professor Babá destaca a introdução de temas capazes de ilustrar o que acima é lido. História bem ou mal contada nos sambódromos, no mínimo provocará alguma reflexão dos interessados, mesmo se equívocos involuntários possam levar a interpretações equívocas. Como o tratamento dispensado por uma das escolas ao Jurupari. Neste caso, vem a pelo mencionar que nosso ESPAÇO ABERTO de hoje oferece rico texto sobre o assunto. As escolas de samba, assim, chegam antes das escolas militares, onde os fundamentos anacrônicos impedem a mínima atualização curricular. O samba, não as armas, sai na frente e mostra quão salutar, para o indivíduo e a sociedade por todos constituída, é colocar nos dias atuais conceitos e supostas verdades, todos e todas sendo conteúdo da própria vida humana.
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