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Conversa e conversão

Houvesse o mínimo desejo de fazer do Brasil uma nação menos desigual, os agentes públicos e políticos em geral abandonariam a conduta deletéria a que se têm entregado. Isso envolveria, contudo, mudança inicial na sua percepção do mundo. Primeiro, como ele é e como se dão as relações sociais. A compreensão da realidade não lhes bastaria, se a cada olhar, a cada observação presencial ou não, estivesse ausente a reflexão sobre o mundo como ele é. Do próprio entorno do observador, até o espaço mais amplo, planetário. Não seria dispensada a reflexão sobre o papel de cada cidadão na construção de uma sociedade em que não faltasse a um só dos integrantes a oportunidade de realizar todos os seus anseios, aspirações e sonhos. Utopias, também. Claro que muitos não conseguiriam despertar ou ver despertadas todas as suas potencialidades. Não se poderiam queixar, todavia, de que lhes teria faltado oportunidade. Neste caso, trata-se de oferecê-la e esforçar-se permanentemente ao oferecimento a todos. Neste caso, não haveria exceção. Todos teriam a oportunidade de desfrutar (e construir) vida digna em uma sociedade digna. Os limites estariam nas diferenças individuais, não nas políticas que a todos atingem. Ainda agora, avultam os vícios, compromissos e interesses de agentes públicos incapazes de romper seus círculos mais próximos, como se fosse diferente o mundo em que vivem. Refiro-me especificamente às críticas à ausência de Lula na reunião anual de Davos. Lá, repetem os oposicionistas, discute-se o futuro econômico do Globo, não apenas deste ou daquele país. A percepção desses políticos restringe-se ao mundo dos números, tanto que não há um só deles preocupado com a presença de (para citar apenas uma) Marina Silva, do Meio Ambiente. No entanto, esse é o setor sobre o qual repousa a atenção das lideranças mundiais. Nem mencionam os críticos quanto agrediram e fustigaram Lula, porque o triPresidente viajou inúmeras vezes ao exterior, em seu primeiro ano de gestão. Esquecem, propositalmente, que o triPresidente este ano prometeu viajar muito - dentro do País. Nada ainda consta do discurso oposicionista, porque ele não é menos que fruto do ódio, o fato de que as viagens de 2023 serviram a relações benéficas à economia e à sociedade brasileiras. Os números já o dizem, mas os que se orientam pelo ódio não o veem. E só desagrado lhes traz saberem-se desmoralizados e desmontado o golpe a que se têm dedicado, desde janeiro de 2019. Só quando ficarem suficientemente claras as intenções, será possível combatê-las e converter os mal intencionados em pessoas dignas de uma sociedade digna, porque por eles construída. E eles, convertidos em gente boa. Se isso for possível...


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