Em meio à prática de crimes de toda espécie, atribuíveis ao ex-Presidente fujão e chorão, vai-se desenvolvendo no País o interesse jornalístico por um ramo até pouco tempo considerado menor. Não obstante os que o exercem em benefício da sociedade, de que os exemplos mais à mão são o que pôs Nixon para correr e o que o Intercept tem produzido, parecem concentrar-se em maioria nas redes de televisão. Na segunda-feira, a equipe curiosa (mas também um pouco fuxiqueira) coordenada pela jornalista Andréa Sadi entrevistou o brigadeiro Camelo, Presidente do Superior Tribunal Militar. O oficial teve sangue frio e serenidade, para responder aos verdadeiros desafios dos entrevistadores. Se quisesse, ele poderia recusar encontrar-se com os jornalistas, alegando simplesmente que magistrados só devem falar nos autos. Se o fizesse, não estaria agredindo os profissionais da comunicação, nem sonegando informações do interesse público. Afinal de contas, o resultado das investigações sobre o golpe frustrado de 8 de janeiro chegarão ao colegiado por ele presidido. Qualquer descuido, e o brigadeiro estaria antecipando seu voto ou, ao menos, sua tendência. Não foi o que ele fez, porém. Dizer que ele foi incisivo e condenou claramente os colegas insubordinados e golpistas seria faltar com a verdade. Afirmar que ele de alguma forma apoia os golpistas também seria cometer uma falsidade. Camelo, porém, saiu-se bem, mesmo se cuidadoso (talvez até por isso) em suas respostas. Daí ter repetido inúmeras vezes a necessidade de ser cumprido à risca o devido processo legal. Aquele mesmo que seus colegas indisciplinados e mal-intencionados não observam, algumas vezes com a cumplicidade de magistrados. Moro está aí, ainda no desempenho de mandato senatorial, para dizê-lo. Como as coisas, investigações dentre elas, têm andado, o material que o brigadeiro Camelo e seus colegas de corte judicial receberão deixará pouca margem à réplica do acontecido na década dos 1980, quando certo tenente foi excluído do Exército, com o prêmio de uma promoção. Depois ele se tornou Presidente da República e ampliou a meta de mortos que desejou produzir, se chegasse a termo sua pretensão de levar aos ares o sistema de abastecimento de água do Rio de Janeiro. Mesmo os 30.000 cadáveres que ele não pode tornar realidade foram facilmente ultrapassados, com a ajuda de um vírus e de autoridades pagas para combatê-los. Disso tudo sabe o Presidente do STM, tanto quanto das mais recentes façanhas delinquentes que terá a oportunidade de ler, refletir e julgar. Ainda que como voto de Minerva. Nunca se sabe. Certamente, os constrangimentos que ele e outros de seus camaradas, na força à que pertence (a Aeronáutica) e nas demais forças armadas têm interesse ainda maior que os contribuintes em geral. A mancha deixada pelo ex-Presidente precisa ser removida o mais breve que se puder. Esta semana, virá - é o que se tem por certo - a ilegibilidade; outras penas, todas merecidas e devidamente provados os atos delituosos, logo virão.
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