O de que mais se ouve falar, hoje, é em inteligência. A palavra, posta em circulação intensa desde que se acrescentou o emocional para qualificar um conjunto de suas acepções, não demorou a ganhar outras conotações. Artificial ela acrescentou, quando percebida a possibilidade de reproduzir artefatos capazes de desempenhar algumas das funções do cérebro humano. Ganhou espaço, nos meios científicos, tecnológicos e políticos, a conotação hoje presente sobretudo nos que se preocupam com o conhecimento e a produção de ciência. Nesse novo conceito inclui-se a busca e análise de informações úteis à formulação de políticas públicas dos mais diversos setores. A inteligência, em seu mais tradicional conceito, perdeu espaço e conteúdo. Basta olhar os que se pensam inteligentes e nem percebem que mesmo a esperteza não impede os outros de vê-los carentes da velha e admirada inteligência. Esta é palavra que não combina com asnice e imbecilidade.
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