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Confessional

Não podia faltar, ainda mais quando do Palácio do Planalto vem o pano quente. A proibição de Lula para impedir a necessária e justa rememoração do golpe de 1964 não impediu a manifestação costumeira do Clube Militar. Atribuindo revanchismo aos que desejam ver esclarecidas as trágicas façanhas da ditadura, o CM em nota pública repete velhos chavões, vigentes quando ainda se vivia a guerra fria. Não obstante a assinatura de um general da reserva, ela não parece obra de quem deveria entender, ao menos, de guerra. Não são só opiniões baseadas no mais profundo desprezo pelos que foram assassinados e desaparecidos entre 1964 e 1985 que caracterizam o infame documento. Lá se encontram, também, mentiras propositalmente produzidas e disseminadas, antes mesmo da vigência das fake-news como instrumento do governo. O paraíso descrito na nota do Clube Militar choca-se com os fatos que o documento pretende justificar, como se muitos dos que testemunharam a tragédia brasileira do período estivessem todos mortos. Felizmente, mais uma vez é registrada a má intenção dos que vêem vingança sempre que suas más ações correm o risco de apuração e punição. Já nem se diga haver muito de confissão na peça ora comentada. Bons leitores o descobrirão, se muito esforço. Para a mentira sustentar-se, não bastam a força e o ódio. Sempre haverá um curioso para ver o rabo de fora do gato. Muitas vezes, do rato.

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