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Cobrança necessária

A nação está coberta de dúvidas, todas elas geradas no cenário político construído pelo Presidente da República. Se contado o período iniciado em 01 de janeiro de 2019 até agora, raros terão sido os dias em que faltou um complicador na vida nacional. A chegada do novo coronavírus agravou a situação, como se antes de atacar os infectados tivesse penetrado no organismo das pessoas mais influentes do País. Em todos os episódios, sempre o Chefe do Poder Executivo à frente. O mais ferrenho opositor não seria capaz de produzir tamanhas agressões - à Constituição, à cidadania, aos direitos humanos, ao próprio futuro comum. Particularmente quanto às Forças Armadas, ninguém, nação estrangeira alguma, nenhum organismo internacional imporia tantos constrangimentos. O desvio de milhares de membros das três forças do seu cotidiano, de inicio, deu a impressão de que lhes faltam tarefas a cumprir nos quartéis. A facilidade com que oficiais militares se instalaram na administração pública, e com que fartura, não terá causado a melhor impressão no seio da sociedade brasileira. Depois disso, o envolvimento de muitos deles com atos até véspera acoimados de criminosos concorreu para gerar suspeitas ainda maiores. As exceções ficam por conta dos que, qualquer que tenha sido a razão, pediram o boné mais cedo do que o esperado. Outros convivem com problemas de consciência que, se desmentidos, mancharão ainda mais suas imagens. Todos esforçam-se e pretendem passar-se por patriotas, fazendo do traje profissional usado uma espécie de couraça contra qualquer suspeita. Isso faz com que quase nada seja dito a respeito das ligações do Presidente com países avessos à democracia, lideranças herdeiras do nazi-fascismo e organizações empenhadas em repetir a maléfica aventura do fhürer. Há registros de pelo menos 17 anos que atestam o vínculo prolongado que o ex-capitão mantém com organizações representativas dos valores e práticas que as Forças Armadas brasileiras combateram nos campos da Itália. Nem mesmo a eliminação dos infectados pela covid-19 basta para refrear o vigor de tão perversa inspiração. Talvez porque 600 mil estejam muito distantes dos 6 milhões de judeus que os inimigos combatidos na Segunda Grande Guerra assassinaram. Triste porfia!...

Enquanto não for cobrada desses patriotas que rendem homenagens a líderes rejeitados pelo seu próprio povo a explicação devida, pertencendo à Terra, redonda ou plana, o Brasil, pode ser levado a repetir o que fez o Eixo.

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