O deputado Eli Borges (PL-TO) denuncia e pede providências do Executivo contra o membro do CDES, empresário Wilson Ramos Filho. O ato denunciado, segundo
o parlamentar paulista, líder da bancada evangélica, foi a postagem de nota em uma das redes sociais do empresário, que também ostenta um diploma de vistoso título acadêmico, pós-doutor. A nota considera má a maioria dos que se autointitulam evangélicos, a despeito de muitas de suas palavras e ações manterem enorme distância das palavras e práticas ensinadas pelo pregador e andarilho da Galiléia. Foi quanto bastou para atiçar a fúria punitiva do deputado tocantinense, logo repercutida por seu notório colega Marco Feliciano, um correligionário de São Paulo. Este, parecendo ignorar as funções do chamado Conselhão, suas relações com o Presidente da República e a forma de composição daquele coletivo, pede que o Executivo puna o conselheiro. Considerando a legenda a que é filiado, os valores (ou a falta de) que o orientam e orientam seus correligionários e as práticas de boa parte dos praticantes, especialmente pastores das várias denominações e seitas estabelecidas, vê-se ratificado o propósito buscado pelo parlamentar do Tocantins. Ele e seu numeroso grupo não desejam se não manter-se e fortalecer-se no poder, de preferência à margem do escrutínio da sociedade e dos cidadãos. Custa crer que o deputado Eli Borges e seu colega Marcos Feliciano não saibam para que servem conselheiros. E, no caso do Conselhão, como são designados seus membros. Os deputados parecem cegos em tiroteio. Nem no Ensaio sobre a cegueira Saramago logrou ilustrar com tamanha nitidez a situação que o dito popular sintetiza.
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