O debate político brasileiro quase nunca se dirige ao cerne do problema que pretexta abordar. Tem sido assim desde sempre, com a preferência do aligeirado e superficial tratamento das questões, ficou pior. Perdeu em qualidade o que, proporcionalmente, o interesse em trocar a realidade pela virtualidade agravou as questões debatidas. Sem deixar de reiterar quanto os supostos equívocos praticados pelos governos nada têm de equivocados. Permito-me, aqui, reiterar: governos não erram, apenas escolhem os beneficiários de suas decisões e ações. Veja-se, para sermos atuais, a confusão em que o neto do economista Roberto Campos e o triPresidente Lula se envolvem. Ao Presidente do Banco Central, dito autônomo, é permitido e autorizado comparecer às urnas com o traje oficial de um dos candidatos em campanha. Como o é trocar brinde com potencial candidato à Presidência, em 2026. Roberto Campos Neto, virtual manda-tudo porque dirige o BC, pode fazer o que lhe dê na telha, sem ter tido um só voto dos eleitores brasileiros. Lula, que recolheu mais de 60 milhões de votos, não tem o direito de pôr em prática as promessas que o levaram a ganhar a eleição de 2022. A discussão sobre a taxa de juros, segundo o entendo, tem importância menor que debater exaustivamente os supostos benefícios da transformação do Banco Central em um novo e estapafúrdio poder republicano. Muito mais, até, quanto mal isso faz à maioria dos brasileiros. A minoria, já se sabe, só recebe afagos - e o dinheiro e bens que se acumulam, seja qual for a taxa de juros.
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