A ausência do Presidente da República na COP26, realizada em Glasglow (Escócia), tem menos importância do que os debates que lá poderão ser mantidos. Tudo porque parecem escassamente considerados aspectos fundamentais dos problemas que supostamente a terão provocado. A presença da maior autoridade brasileira nada acrescentaria ao importante encontro de Chefes de Estado, o que não diz respeito apenas às questões ambientais, se não que a todas as questões relevantes para a sociedade. Neste caso específico, não apenas em referência aos habitantes da nação ausente, mas a todos os habitantes do Planeta. A experiência manda admitir que a ausência do Presidente é comparativamente menos danosa ao prestígio do Brasil na comunidade internacional. Pelo menos, o risco de perda ainda maior espaço no cenário mundial fica reduzido. Além de a sociedade humana ser poupada de manifestações constrangedoras como as de que todo o Mundo se faz testemunha. Nem seria o sinistro da Economia brasileiro quem levaria alguma contribuição para o debate, não fosse ele hoje mais que um serviçal esculpido segundo o modelo do patrão a quem serve cegamente. Tivéssemos na direção da economia nacional alguém capaz de enxergar benefícios mais na redução das desigualdades pessoais e regionais de seu país, que nos rendimentos proporcionados por offshores sediadas longe do território nacional, a coisa seria outra. Quem chamou a atenção para o cerne das questões ambientais, em coluna semanal na Rádio Band-Difusora do Amazonas, foi o sociólogo Marcelo Seráfico. Nosso colega neste blog mostrou quanto as questões a serem discutidas naquele fórum mundial têm a ver com o desenvolvimento econômico. Este, portanto, deve ser o eixo sobre o qual se moverá a tomada de posição pelos países participantes. O tipo de desenvolvimento escolhido é determinante das práticas relacionadas ao meio ambiente, como a experiência o tem revelado. Não se trata da derrubada de árvores e da produção de desertos onde há ou havia florestas o centro das atenções. Os cuidados e as recomendações relacionadas a esses problemas têm a ver, sobretudo, com as formas como as potencialidades naturais serão aproveitadas e o que e quanto tais formas proporcionarão ao bem-estar das pessoas, vivam em que lugar do Planeta viverem. Por isso, nunca uma ausência pode ser tão festejada quanto a de que agora tratamos. Não se terá corrido o risco de aumentar a rejeição mundial pela nação que Stephan Zweig imaginou como o país do futuro, nem seriam registrados episódios capazes de envergonhar mesmo os néscios dotados de alguma, menor que seja, qualidade humana.
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