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Até que enfim...

Atualizado: 11 de jan. de 2023

Dos mais antigos acampamentos armados em frente aos quartéis, o ornamento desde 30 de outubro de 2022 mantido na paisagem do Comando Militar da Amazônia afinal foi desmontado. Na tarde de ontem, não havia mais que meia dúzia de desmiolados chorando suas mágoas e dando vazão aos seus maus instintos, à frente do estabelecimento militar. Durante mais de dois meses. naquela zona antes percebida como área de segurança, arruaceiros se reuniram, sem que lhes faltasse a cordial hospitalidade dos servidores públicos civis e militares lá lotados, nem sanitários químicos para a satisfação de outras necessidades, além da segurança pessoal prestada a eles e o apoio e a solidariedade que lhes permitiram praticar outra forma delinquente - o furto de energia elétrica dos postes da rede estendida pela concessionária. Assim eles alimentaram os telefones celulares e outros aparelhos instalados nas barracas do arraial pretensamente cívico. Antes, a juíza Jaiza Fraixe havia determinado o desmonte do acampamento urbano, sem que as autoridades competentes, em todos os níveis, tomassem senão providências cosméticas, absolutamente ao largo do exato cumprimento de seus deveres legais. Até uma entrada alternativa, não o uso normal do chamado portão das armas, foi providenciada para estimular a permanência dos projetos de terroristas no local. Algumas simulações de obedecer ao mandado judicial expedido pela titular da 1ª Vara da Justiça Federal em Manaus não passaram de visitas ao acampamento urbano, na tentativa de dar a impressão de que não se tratava da prática de um crime contra o Estado de Direito Democrático, além de outros cometimentos ilegais atribuíveis aos fascistas de aluguel. Porque não se tratou de outra coisa, dadas as condições em que os serviços dos acampados foram prestados a quem financiou sua mobilização, instalação e segurança de que desfrutaram durante a ocupação daquelas áreas. O terrorismo explícito do último domingo na capital federal, dura e legitimamente reprimido pelas autoridades federais, entretanto, trouxe a lucidez de volta ou, pelo menos, desembaraçou as áreas ocupadas. Difícil é assegurar que outras tentativas de estabelecer o caos pretendido não serão repetidas, da mesma ou de outra forma. Por isso, a melhor prevenção consiste em aprofundar e alargar as investigações em que se empenham as autoridades policiais, levando todos os implicados ao banco dos réus, sejam os financiadores, estimuladores e cúmplices de todo jaez os que estiverem envolvidos. A mais pesada punição prevista em lei deve ser aplicada a todos, sem distinção. Ao que me conste, o crime de terrorismo é considerado hediondo, sendo hediondo o que o pratica. Sem enveredar pela simples vingança, mas tendo todos os atos sob o pálio do devido processo legal, que nenhum dos abjetos manifestantes e seus patrocinadores escapem da força da lei. Esta, não a lei da força, é que rege a vida das democracias.

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