Aproxima-se a hora em que os mais empedernidos inimigos de Lula compreenderão as razões das numerosas viagens feitas por ele, desde que assumiu seu terceiro mandato presidencial. Restarão, é óbvio, os movidos por preconceitos e ódio. Dificilmente deles se ouvirá uma palavra que seja reveladora de tolerância, ao menos. Compreensão não é coisa que se possa esperar daí. Afinal, ninguém dá aquilo que não tem. Porque avaliou melhor do que ninguém as consequências da hostilidade que o governo anterior dirigiu a alguns países, o Tripresidente soube calcular os riscos que isso implicava, se desejasse manter boas relações com a comunidade internacional, mesmo pagando os custos de não alinhamento orientado pelos interesses alheios. Como se tem visto, os ventos que sopram do exterior são todos promissores, e não apenas porque o Brasil - a Amazônia, em particular - dará tratamento favorável às demandas ambientais do Planeta. A mais recente dessas viagens, que pôs o Presidente brasileiro diante do Papa Francisco, dos dirigentes da Itália (incluída a Primeira-Ministra da extrema direita) e de Emmanuel Macron, da França, além de desmascarar certos pretensos analistas, mostrou possível manter boas relações com todos os governos, em que pesem as diferenças ideológicas. Lula, hoje, está dentre as maiores lideranças mundiais - e quem o diz não sou eu ou algum dos tresloucados petistas, clones de espécimes deletérias do outro lado. Dentro do País, o que se vê é a confirmação de que os resultados benéficos das políticas postas em prática são pelo menos animadores. Superado o clima de ódio e violência que a frustração do golpe de 08/01 jogou para as calendas, os indicadores não poderiam ser mais agradáveis. É claro que as políticas agora projetadas e executadas não reduzirão as desigualdades no nível que a maioria reclama. Nem no tempo desejável. Os produtores e defensores das desigualdades com as quais convivemos são poderosos, sendo que em alguns setores ainda mantêm seus porta-vozes e guardiões. Está afastada, portanto, a mentira com que a direita antes pretendeu impedir a volta de Lula ao Planalto. Todas as medidas até agora anunciadas têm a ver com e se submetem às regras do capitalismo. Trata-se, portanto, do primeiro momento do que pode ser um prolongado período de reconquista de direitos, ampliação de outros e alterações profundas na sociedade brasileira. É disso que estamos tratando, e é disso que Lula trata, quando visita os outros países. Deixamos de ser párias internacionais, e nos foi devolvida a condição de interlocutor e protagonista, no teatro mundial. Para isso têm servido as viagens de Lula. Segue a caravana e ladram os cães e outros ladrantes.
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