As últimas façanhas do Presidente da República aumentam a suspeita de que ele já conhece o resultado da eleição. Mesmo o suspeito e incrível (no sentido exato da expressão (difícil de crer) arrependimento pelas coisas que disse e a conduta reiterada, ao longo de seu mandato não concorre para desfazer a hipótese. Uma dessas condutas, referente ao fato de que não é coveiro. Neste caso, deve dele ser cobrada a decisão de comparecer ao enterro da ex-rainha do Reino Unido. Até aqui, o que se sabe é não ter sido ele convidado para as cerimônias do sepultamento da mãe de Charles III. Há quem diga, mas não posso confirmar, que o tratamento dispensado ao Presidente que não se reconhece como tal, é semelhante ao que o governo do ex-império onde o sol não se punha defere à Nicarágua e à Venezuela. Os britânicos consideram esses dois países governados por ditaduras. De qualquer maneira, a presença já anunciada do chefe do Poder Executivo brasileiro às cerimônias pode ser apenas a ratificação da necropolítica que orienta suas decisões. Uma espécie de preferência e identificação com tudo o que cheire a morte e a cerque. Talvez porque, dentre os quase 700 mil seres humanos levados pela covid-19, boa parte dos quais com substancial ajuda do Planalto, não há nenhum representante da monarquia que governou o Brasil. Quem sabe o imaginário (?) presidencial se sinta gratificado com a proximidade de um corpo inanimado, que ele não terá sequer a oportunidade de ver, faça bem à morbidez de que ele é portador? Talvez nem seja absurdo saber depois que ele terá dito, lá, quanta a satisfação de confessar-se exímio coveiro.
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