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Apenas aparência

Há quem veja derrotado o Presidente da República e seus fanáticos seguidores. Os que têm uma visão crítica do atual (des)governo pecam, não sei se por ignorância, desonestidade ou oportunismo. Enquanto isso, prossegue o desmonte de todas as políticas sociais que, bem ou mal, antecedem o 1 de janeiro de 2020. A política econômica registra inflação que se pensava ter afastado em definitivo da vida nacional. A desindustrialização que se junta à hostilidade aos nossos maiores parceiros comerciais agrava a mais tímida retomada do processo econômico, seja qual for o Presidente eleito em 2022. O desemprego jamais chegou a números tão aflitivos. Nunca foi tão vergonhosa a posição do Brasil diante da comunidade internacional. Os direitos individuais e as instituições democráticas, como nas ditaduras (1937/1946 e 1964/1983) são agredidas e desafiadas. Algumas das mais importantes conquistas do povo, como a Petrobrás e órgãos voltados ao progresso científico e tecnológico ou têm sido oferecidos na bandeja aos especuladores internacionais, ou têm sofrido permanente perseguição. Também não são inéditos os modos de saquear os cofres públicos, sendo inéditas, porém, a ostensividade e a audácia que a acompanham, no cometimento dos mais variados crimes contra o patrimônio nacional. A violência grassa e se espalha, enquanto dos gabinetes oficiais chega a ordem de armar a população. Nem se fale das centenas de milhares de mortos, para revelar a contribuição, ativa e passiva, dos (des)governantes à fúria da covid-19. Isso tudo é visto por alguns como erro, equívoco ou inadvertência. Como se a folha corrida do principal protagonista fosse mantida sob o timbre do segredo, forma como se tenta apagar o passado e impedir que a História - sempre ela! - ponha luz na escuridão; Nada do que está ocorrendo foi impossível de prever. Mesmo se alguns dos quase 58 milhões de brasileiros veem reduzido o número dos cúmplices da vitoriosa aventura. Só assim se compreenderão a pilhéria usual, a gargalhada macabra, as decisões avessas à dignidade humana.

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