Éramos uma turma de acadêmicos de Direito algo pernóstica e cheia de si. Podia-se atribuir a cada um o habeas corpus da juventude. Não era só isso, porém. Ali se reuniam jovens crentes na possibilidade de cumprir bem a missão em que todos apostavam todas as suas fichas. Como advogados, juristas, professores, procuradores, magistrados, estávamos certos de que cumpriríamos à risca mais que deveres profissionais, os deveres e compromissos dos bons cidadãos. Para tanto contribuía o professor DANIEL QUEIMA COELHO DE SOUZA que, não bastasse o primeiro sobrenome, desafiava-nos ao mesmo tempo em que nos abria portas que nos levavam à melhor formação jurídica possível, mas iam além disso. O que fez dele um dos mais festejados e inesquecíveis de quantos professores foram ouvidos por nós. Pois um de nossos colegas, INOCÊNCIO MARTYRES COELHO, foi chamado em 2016 a prefaciar obra rememorativa do centenário do professor que, se nos aprovava em sua disciplina – Introdução à Ciência do Direito, ministrada no primeiro ano do curso – de antemão assegurava a conclusão do bacharelado, quatro anos depois. Quem passa com o Daniel, pode comprar o anel. Esta a sentença que percorria as salas e o salão da antiga Faculdade de Direito da Universidade Federal do Pará, no prédio da Praça da Trindade, que hoje abriga a seccional paraense da Ordem dos Advogados do Brasil. Quem não confunde o Direito e seu exercício profissional com um balcão ou um mister digno de ser apenas operado, encontrará no prefácio elaborado pelo amigo INOCÊNCIO do livro Estudos em Homenagem a Daniel Coelho de Souza, uma aula que orgulharia e recompensaria o mestre homenageado. Pela extensão do texto, o editor dividiu-o em seis partes, cuidando para que o maior número de leitores se abeberem dos conhecimentos que o autor detém e o homenageado soube orientar-nos a adquirir. Nem todos, com a percepção, o entusiasmo e a sabedoria com que INOCÊNCIO o fez. Se o visitante-leitor desejar, o editor e o autor do prefácio se sentiriam suficientemente recompensados com comentários, dúvidas e críticas ao que vai escrito. Desta vez, pelo menos, o ESPAÇO ABERTO – página em que POR QUE CELEBRAR DANIEL COELHO DE SOUZA? está inserto -, ajuda a lembrar a única sala existente no andar superior e frontal do edifício da Faculdade, ocupada pela primeira vez por cinco anos sucessivos pela mesma turma, a que ganhou o nome de batismo de Tristão de Ataíde.
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