Todo ser humano, qualquer um, pode ser objeto e vítima da violência. Não fosse ela o recurso restante aos desassistidos de inteligência, discernimento e argumento. Aqueles que escondem sua covardia e fragilidade, moral sobretudo, atrás da culatra de uma arma de fogo. Verdade que há e talvez sempre haverá outros, e maiores, covardes sempre dispostos a admitir humilhações. Não porque dotados da humildade que alguns incensam, mas da fragilidade moral que atrás dela se esconde. Como frequentemente se verifica. Outros, porém, em aparente processo de extinção, preferem responder à covardia e à violência de que em geral o covarde se vale. Ilustra bem essa situação a conduta do contra-capitão que preside a ANVISA, em resposta ao autoritarismo de um soba feito Presidente da República. Portador de diploma semelhante ao ostentado pelo sinistro da Saúde, o médico Antônio Barra Torres não se deixou humilhar, diante da ofensa presidencial. Ao contrário, prestigiou a Ciência, mostrou respeito aos profissionais que têm reduzido a mortalidade estimulada pelo (des)governo, além de revelar a possibilidade de manter-se a dignidade - essa, sim! - que faz os seres humanos diferentes. Alguns sequer devendo ser tidos como tal, tamanha a monstruosidade de suas decisões e atos.
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