O termo surgiu na guerra civil espanhola (1936-1939), em referência aos trânsfugas que apoiavam o ditador Francisco Franco.
Traidores da luta e da pátria não são exclusividades de um país ou de uma sociedade. Eles se espalham por todos continentes e formam uma horda de canalhas malfeitores.
Aqui no Brasil, nesta pandemia, se tornou lugar-comum dizer que estamos em guerra contra um inimigo invisível, o novo coronavírus.
Menos preocupante é a invisibilidade do inimigo diante da ação nefasta dos seus apoiadores.
Chamamos de negacionistas e terraplanistas as hordas de apoiadores do vírus. São muitos, capitaneados por uma vil figura monstruosa. Formam uma quinta-coluna de traidores a servir de apoio às contaminações mortais do vírus. Como a coluna dos madrilenhos a apoiar o ditador espanhol, os trânsfugas brasileiros agem da forma mais terrível contra os interesses nacionais e contra a vida.
A quinta-coluna aqui é a base do genocídio de negros e pobres, as principais vítimas da pandemia. Rejeita a vacina por um lado e por outro apoia o desmonte da economia e da nossa incipiente democracia. Rastejam como vermes à procura de um corpo para destruir, seja esse corpo um ser humano, uma floresta ou todo um país.
Estamos numa guerra, sim. Nosso maior problema não é o inimigo invisível. É o inimigo interno, traidor, que cria todas as condições para a invasão externa.
Chegamos aos 225 mil mortos pela pandemia. Nossas baixas seriam menores se não fosse a ação deletéria de um presidente genocida e uma turba de quintas-colunas.
Demoraremos a derrotar o vírus, mesmo com todo esforço da ciência e de abnegados defensores da vida, se não derrotarmos o inimigo interno. A batalha será árdua, mas venceremos.
Lúcio Carril
Sociólogo
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