A feira desejável
- Professor Seráfico
- 7 de nov. de 2022
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Enquanto o pedaço que rejeitava o quase ex-Presidente por motivos diferentes do apego à democracia tentam escalar o Ministério de Lula, núcleos fanáticos de resistentes à realidade das urnas permanecem firmes em seus propósitos golpistas. Por enquanto, a fachada de alguns quartéis continua invisível, perdida atrás de grupelhos defensores da "liberdade" das ditaduras. Lá, tudo é permitido, até a montagem de verdadeiras feiras livres, onde se vende de tudo e se provocam cenas de arraial. Não demora, circulará no local algum dos padres de festa junina, para levar aos manifestantes o recado de seu deus. Quem sabe, uma pistola embutida no chapéu da alegoria. Uma expectativa favorável, no entanto, pode ser gerada, sobretudo pela extrema cordialidade como as autoridades militares vêm acompanhando os fatos, ocorridos literalmente às suas barbas. Refiro-me à possibilidade de grupos de agricultores familiares organizarem-se para, com a mesma segurança, erguerem barracas e tendas em frente aos quartéis e venderem os produtos trazidos dos assentamentos rurais. Aí, então, testemunharemos espetáculo jamais visto na maior nação da América do Sul. Sem faltarem a esses pobres produtores a água e a tomada de energia com que satisfarão a sede e o contato com seus familiares em permanência no campo. Tratamento igual ao que se diz vir sendo dispensado aos clamantes pela intervenção extra-urnas. Quem sabe, ainda animarão o ambiente com músicas sertanejas e, se gaúchos houver nos grupos, um churrasquinho regado a mate. As placas e faixas apenas alardearão a qualidade dos produtos agrícolas oferecidos, em congraçamento que ainda estamos por ver. Com a grande probabilidade de passarem, o tempo vendo a banda passar. Veremos tudo isso?....
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