Bolsonaro quer comemorar a tortura e a desgraça brasileira promovida pelo golpe militar de 1964. Vejamos.
Em 1984, a inflação era de 223%.
A dívida externa saltou de 3,6 bilhões em 1964 para 93 bilhões em 1984.
O analfabetismo entre pessoas de 10 a 14 anos era de 19% em 1983.
A educação e a cultura eram engessadas pela famigerada Lei de Segurança Nacional, levando o ensino a um processo cruel de distanciamento da realidade e as escolas ao sucateamento.
A corrupção aumentou e escândalos como da Coroa/Brastel e da Transamazônica se tornaram conhecidos da população, mesmo com a imprensa censurada.
Não menos escandalosos foram os atentados no Riocentro e na sede da OAB, matando dona Lídia, servidora da Ordem e os militares terroristas.
Em resumo: só uma mente perversa, que odeia o Brasil e a democracia, é capaz de mandar comemorar um período tão dramático para o Brasil.
Aproveito para dizer que nada justifica o apoio ou a defesa da ditadura militar. Nem mesmo os ignorantes de plantão têm esse direito. Negar a tortura e os crimes militares é tão nefasto quanto os atos em si. Ignorância não pode ser sinônimo de perversidade.
Lúcio Carril
Sociólogo
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