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Ódio e competição

Fujo das quatro linhas, pelo relativo ineditismo da abordagem. Sem pretender qualquer raciocínio absurdo ou abandonar totalmente certo vezo metodológico, arrisco explicar (ou ao menos dar minha versão) sobre o ódio alimentado pelo ex-capitão que as urnas expulsaram do Planalto e o TSE tornou inelegível, em relação ao Presidente venezuelano Nicolás Maduro. Minha percepção indica certa gincana entre os dois. Cada qual pretendendo-se melhor que o outro, ao menos nas práticas adotadas por ambos, no exercício de função pública. Maduro, sabem todos, é cria do ex-Presidente Hugo Chavéz que ganhou notoriedade ao invadir o Parlamento da Venezuela, com a intenção de dar um golpe de estado. O 8 de janeiro dele teve o mesmo fim do outro, tentado aqui. A herança do inelegível brasileiro tem sua origem na ditadura de 21 anos, da qual se fez o mais aplicado discípulo. Uma vez no poder, Maduro e o outro buscaram remover os obstáculos que poderiam impedi-los de chegar aos seus mais ou menos nojentos objetivos. Por isso, a tentativa de imobilizar os descontentes e intervir no Poder Judiciário de seus respectivos países. É aqui que entra a aparência de competição. Como se ambos desejassem mostrar à sociedade universal qual o pior. O ídolo do venezuelano passou a ter outra visão do Mundo, desde a frustração inaugural. Mas não parece ter mostrado suficientemente ao discípulo sua nova forma de percepção dos fenômenos sociais. O concorrente, sempre louvado no (mau) exemplo dos seus inspiradores, mostrou-se mais capaz de absorver o ódio e dele fazer o grande e sólido (sórdido, também) fundamento de suas decisões. Um pelo outro, não peço troco.

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