Ódio e competição
- Professor Seráfico
- 28 de out. de 2023
- 1 min de leitura
Fujo das quatro linhas, pelo relativo ineditismo da abordagem. Sem pretender qualquer raciocínio absurdo ou abandonar totalmente certo vezo metodológico, arrisco explicar (ou ao menos dar minha versão) sobre o ódio alimentado pelo ex-capitão que as urnas expulsaram do Planalto e o TSE tornou inelegível, em relação ao Presidente venezuelano Nicolás Maduro. Minha percepção indica certa gincana entre os dois. Cada qual pretendendo-se melhor que o outro, ao menos nas práticas adotadas por ambos, no exercício de função pública. Maduro, sabem todos, é cria do ex-Presidente Hugo Chavéz que ganhou notoriedade ao invadir o Parlamento da Venezuela, com a intenção de dar um golpe de estado. O 8 de janeiro dele teve o mesmo fim do outro, tentado aqui. A herança do inelegível brasileiro tem sua origem na ditadura de 21 anos, da qual se fez o mais aplicado discípulo. Uma vez no poder, Maduro e o outro buscaram remover os obstáculos que poderiam impedi-los de chegar aos seus mais ou menos nojentos objetivos. Por isso, a tentativa de imobilizar os descontentes e intervir no Poder Judiciário de seus respectivos países. É aqui que entra a aparência de competição. Como se ambos desejassem mostrar à sociedade universal qual o pior. O ídolo do venezuelano passou a ter outra visão do Mundo, desde a frustração inaugural. Mas não parece ter mostrado suficientemente ao discípulo sua nova forma de percepção dos fenômenos sociais. O concorrente, sempre louvado no (mau) exemplo dos seus inspiradores, mostrou-se mais capaz de absorver o ódio e dele fazer o grande e sólido (sórdido, também) fundamento de suas decisões. Um pelo outro, não peço troco.
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