Chamamos, hoje, fake-news a uma prática tão antiga quanto a ideologia que a pretextou. Desde que o comunismo aparentou fôlego capaz de levar seus adeptos ao poder, inventaram-se mentiras capazes de resistir ao que pareceu determinismo histórico. O mundo marcha para o socialismo, dizíamos, como etapa intermediária, no caminho de uma sociedade solidária, fraterna, composta de iguais. Afinal, parecia próximo o momento em que o tríptico da Revolução Francesa se consumaria. E, quem sabe, destituiria a expressão burguesa de sua qualificação. O capitalismo se impôs. O comunismo deixou de ameaçar as criancinhas e os piedosos. Haveria de surgir algo em condições de operar esses resultados, seja negando saúde e alimentação à maioria dos habitantes do mundo, em especial àqueles salvos da morte pelas extensas e extenuantes jornadas de trabalho ou, simplesmente, usando a força das armas. Não foi preciso vir o tão malfadado comunismo para levar a esse trágico resultado, eis que, se viesse, não operaria com a eficiência e a eficácia de seu antípoda. Assim como Didi e Estragon ainda esperam pelo Godot criado por Beckett, a sociedade dos homens continua à espera. O BRICS pode ser o início de uma boa resposta à crise generalizada.
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À Espera do Amanhã
Na penumbra da vida cotidiana, como Didi e Estragon, muitos de nós nos encontramos à espera de um Godot que nunca chega. O texto do Seráfico nos martela e nos relembra que a prática das fake news é tão antiga quanto as ideologias que a sustentam. Desde que o comunismo aparentou fôlego suficiente para conquistar corações e mentes, mentiras foram engendradas, tentando resistir a um suposto determinismo histórico. A expectativa de que o mundo marchava em direção ao socialismo, como uma etapa intermediária rumo a uma sociedade solidária e fraterna, parecia palpável. O sonho de realizar o tríptico da Revolução Francesa se aproximava, prometendo destituir o capitalismo de sua posição hegemônica.
Contudo, o que se viu…